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Dia do Irmão: A minha Grande Família
Hoje é Dia do Irmão em homenagem ao aniversário de morte de Madre Teresa de Calcutá; provavelmente a maior “irmã” que o mundo moderno já conheceu. Uma data que nos desafia a repensar as nossas atitudes diante de outros seres humanos. Também uma oportunidade de voltar ao passado e lembrar das muitas histórias que vivi junto aos meus irmãos, que são tudo de bom na minha vida. A lista é grande, presta atenção!
Fui criada pela minha avó até os 3 anos. Nessa idade, fui morar com a minha mãe – que já tinha meu irmão – e padrasto, que trouxe com ele seus três filhos. Ou seja: de uma hora para outra deixei de ser a princesinha da vovó para viver em um novo lar com outros 4 meninos mais velhos. Eles eram os donos do pedaço e brincavam de forma mais bruta, como todos os garotos daquela idade: bater, socar, se agarrar… e eu querendo brincar de boneca! Desde cedo tive que aprender a me adaptar ao ambiente, a me misturar e a entrar no universo deles.
Foi uma infância muito gostosa junto aos meus irmãos. Todas as crianças soltas na rua, completamente livres junto aos amigos. Era chegar da escola, fazer o dever de casa rapidinho e ir para a rua brincar. Uma outra época, né? Por outro lado, era meio chato só ter meninos em casa. Quando eu ganhava uma boneca, eles já quebravam a cabeça, rasgavam a roupa, cortavam o cabelo, rabiscavam ela toda. O que sobrava para mim? Soltar pipa, rodar pião, jogar bolinha de gude, andar de bicicleta, pique-esconde, futebol e carrinho de rolimã; a nossa brincadeira preferida, porque nós mesmos fazíamos nossos carros.
Houve uma época em que meus irmãos decidiram praticar Judô. Eu preferi o Karatê. Como eram maiores, se me agarrassem, eu perderia. Com o Karatê eu tinha a chance de bater e sair correndo para me trancar em um quarto e esperar um adulto me resgatar (risos).
Na entrada da adolescência, conheci meus irmãos por parte de pai; os Dahoui. Ele teve 7 filhos – 5 meninos e 2 meninas – de 4 relacionamentos diferentes. Eu me apaixonei pelos meus novos irmãos, trocava cartas, passava férias com eles. Conseguimos construir uma relação muito legal e saudável. São meus melhores amigos, as pessoas que sei que posso contar. É tão maravilhoso, que não consigo imaginar a minha vida sem eles. Já a Noáh, sempre adorou ser filha única.
Quando se fala em irmão, podemos nos referir tanto ao consanguíneo e os que cresceram ao nosso lado, como também àquela pessoa especial, um grande amigo que é parte da família. Tenho também vários amigos-irmãos para todas as horas! Daqueles que conquistam espaço eterno no coração da gente.