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Menopausa faz parte da natureza feminina
As mulheres, em geral, entram na menopausa por volta dos 50 anos. Para muitas, chegar a essa idade causa medo e desconforto, já que costumam experimentar muitas mudanças desagradáveis.
Eu cheguei com paz e tranquilidade, porque a minha menstruação desapareceu bem antes, por volta dos 42 anos. Como usava DIU, não percebi as irregularidades menstruais, sintoma de alerta clássico. Assim, minha ginecologista não pode afirmar categoricamente se tive menopausa precoce ou se ela chegou muito cedo para mim.
Na década de 1960, quando a expectativa de vida era menor, quem entrava na menopausa estava próxima do fim da vida. Essa ideia se perpetuou. Hoje, é importante espalhar que a menopausa é um marco importante nas nossas vidas, que nos diz que ainda há muito o que fazer! Mas conhecer os sintomas é fundamental para que a ajuda chegue o quanto antes.
Várias mulheres sentem vergonha de tocar no assunto. Acreditem: toda mulher passou ou passará – se Deus quiser – por isso. Faz parte da natureza feminina, precisamos encarar com naturalidade. Então, pedi à minha ginecologista, Dra. Deborah Steinmetz Elias, para falar sobre o tema e explicar causas, sintomas e tratamento da menopausa; seja precoce ou natural.
Palavra da médica:
Menopausa é quando a menstruação chega ao fim. Progressivamente os ovários vão deixando de produzir os hormônios sexuais femininos, marcando o fim da fase reprodutiva da mulher. A partir daí, ela experimenta mudanças físicas e psicológicas importantes, que variam de paciente para paciente. No Brasil, a média de idade da menopausa é entre 49 e 50 anos. É considerada precoce ou prematura quando acontece antes dos 40 anos.
Menopausa Precoce
A menopausa precoce merece atenção redobrada em função das consequências da falta prematura dos hormônios femininos, gerando alterações físicas e psicológicas muito antes da idade em que deveriam ocorrer.
Causas
Não existe uma causa determinante. Vários são os fatores que podem determinar a menopausa precoce e entre os principais estão: genéticos, cirúrgicos, quimioterapia, radioterapia, doenças autoimunes, tumores de ovário e as sem causa diagnosticada.
Sintomas
Os sintomas começam com irregularidade menstrual evoluindo para a total ausência de menstruação, ondas de calor ou fogachos, sudorese, insônia, fadiga, irritabilidade, ressecamento vaginal, diminuição da libido, secura da pele, aumento de peso, depressão, perda de força muscular e de massa óssea.
Os sinais de irregularidade menstrual não são tão claros para as que tomam pílula ou usam DIU, porque o parâmetro menstruação fica mascarado e os sintomas também. O DIU medicado com hormônio suspende as menstruações para a maioria das mulheres.
Diagnóstico
O ginecologista fará a avaliação clínica e laboratorial, além dos exames de rotina necessários.
Tratamento
Uma vez feito o diagnóstico é importante que essas mulheres façam terapia hormonal, se não houver contraindicações. Além de melhorar os sintomas, ela fará a prevenção do aparecimento de osteoporose, diminuirá o risco de algumas doenças cardíacas e do envelhecimento precoce.
O tratamento é individualizado. Cada paciente responde de uma maneira singular aos compostos e tem seu tempo de adaptação a eles. É preciso fazer uma boa avaliação para se escolher um tratamento e avaliar desde os tipos de sintomas até antecedentes pessoais e familiares. Às vezes, é necessário testar algumas alternativas para ter sucesso.
Pós-consultório
A paciente deve procurar seu ginecologista sempre que notar algo diferente. Porém, se ela se adaptar bem ao tratamento prescrito, os compostos são mantidos por um período prolongado. No entanto, é preciso fazer reavaliações e exames físicos e laboratoriais a cada ano e exame clínico, a cada 6 meses.