Blog
Diversidade faz parte da equipe que mantém o sucesso do Ruella há 23 anos
Outro dia li uma matéria que dizia que “a diversidade está se tornando o assunto da vez nas empresas. E que a maioria até prioriza a inclusão na contratação, mas esses funcionários não costumam seguir em seus quadros”. Fiquei pensando como pode as pessoas ainda escolherem um profissional pela aparência, cor, sexo ou religião… Que cafona!
Desde que eu inaugurei o Ruella – há 23 anos – já apostava em um mix de colaboradores, todos tratados e respeitados igualmente, avaliados apenas pelo comprometimento e desempenho. Preconceito nunca foi uma questão para mim; pelo contrário, minha ideia sempre foi a de fortalecer a luta contra ele para a construção de uma sociedade livre e igualitária. Por que será que a diversidade segue sendo uma questão ainda hoje?
Quando fui estudar na França, era raro ver uma mulher na cozinha. Sofri tanto, que voltei para o Brasil com a vontade de construir um restaurante de amor. E a estratégia, claro, precisava começar pelos colaboradores. Abri as portas para quem realmente precisava e queria trabalhar. Gays, travestis, mulheres, negros, nordestinos, portadores de deficiência ou soropositivos sempre fizeram parte da minha equipe e todo mundo que trabalhou para mim foi e é julgado pela produtividade e energia positiva.
Desde que nasci, sempre fui contra maltratar quem quer que seja. Nunca tive dúvidas de que somos todos iguais, que só a alma é o que importa. Estamos falando hoje de um assunto que já era natural para mim como empresária há quase três décadas. Foi sempre seguindo essa ideia que montei a equipe vencedora de colaboradores que vem mantendo o sucesso do Ruella. Muitos continuam comigo até hoje.
Não posso compactuar com o que está errado ou é injusto. Eu não consigo entender homofobia, preconceito, machismo, o forte bater no fraco, julgamentos pela cor da pele, sotaque, por um defeito, por escolhas pessoais. Acho tudo isso muito ultrapassado, o único pré-conceito que tenho é contra o preconceito 😊.
Existem pessoas maravilhosas de todos os tipos. Quando a gente se limita, quem perde somos nós. O mesmo vale para a estrutura e a cultura de uma empresa. Então, gostaria que a minha história inspirasse os empresários a olhar apenas para o ser humano e a criar um ambiente organizacional de acolhimento para que a diversidade não seja pautada pela diferença, mas pela produção e inovação que ela proporciona.