Durante a minha infância inteira, o Dia dos Pais era muito difícil para mim. Era uma data que já me fazia sofrer com antecedência, porque na escola a gente preparava trabalhos especiais para dar de presente e eu não tinha um pai. Quer dizer, não conhecia o meu pai nem sequer por uma foto e tive um padrasto com quem não me dava bem, pelo contrário!

Essa foi uma data que nunca comemorei. Ela me fazia acreditar que um dia o meu pai ia me aparecer e cuidar de mim, mas isso nunca rolou. Tudo bem, eu mesma o procurei mais tarde, o perdoei e fizemos as pazes. Ele já partiu dessa vida e está tudo resolvido entre nós.

Se o destino não foi legal comigo nesse aspecto, ele fez o contrário com a minha filha! A Noáh ganhou de presente da vida um superpai e conviver com eles é bom demais. Sinto como se agora eu tivesse um pai também. Inclusive, na agenda do telefone está gravado no número dele: Raí Papito, porque ele é o meu papito, parceiro, amigo e sempre vai ser. A ligação que temos através da nossa filha é eterna.

No dia de hoje quero muito elogiar a todos aqueles que decidiram ser pais de verdade. Não só aquele que exerce a função com seus filhos biológicos; mas aquele que se apresenta para criar uma criança com amor, que coloca limites de uma forma correta, sem agressão. Meu desejo é que todos os homens se sintam motivados por esse dia a serem pais de verdade, porque uma criança crescer sem pai não é legal.

Quero falar sobre os pais que sabem colocar o filho para cima, que incentivam em todos os momentos, que cuidam com amor. Falo com os pais que ajudam a pagar as despesas e que possuem o profundo desejo de participar da vida dos filhos. Para esses a minha saudação: Feliz Dia dos Pais de Verdade!