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Meu primeiro programa na TV quase foi “A Cozinha Maravilhosa de Dahoui”
Primeiro programa na TV: Toda estreia deixa marcas, em especial se ela é transmitida pela TV. Comecei uma nova carreira como apresentadora no “Hell’s Kitchen” do SBT, em 2016; mas, a primeira experiência profissional em frente às câmeras veio bem antes. Foi em 1998, quando a apresentadora Ofélia Anunciato, que apresentou durante 30 anos o “Cozinha Maravilhosa de Ofélia” na Band, faleceu.
Meu primeiro programa na TV: Eu sempre tive o sonho de fazer um programa sobre empreendedorismo, mas a vida não me ajudou para que isso acontecesse naquela época. Por isso que eu sempre digo: quando é o tempo certo, as coisas simplesmente acontecem.
Então, resolvi que ia entrar na onda da Internet e gravar um programa sobre “como montar um restaurante”, porque o que eu mais vejo ainda hoje é gente errando feio nessa tarefa, contratando pessoas sem conteúdo e acabando com todo dinheiro que juntou a vida inteira… Cheguei a fazer um piloto sobre essa ideia, mas o SBT me arrebatou primeiro.
Antes, tive outra ideia. Eu morava em uma casa supergostosa, com a mesa na varanda voltada para o jardim. Eu e meu irmão, André, pensamos em colocar 4 câmeras ali para que pudéssemos cozinhar juntos, chamar os amigos e falar todos os absurdos que a gente quisesse. Gravamos alguns pilotos, mas não foi para frente.
Quando abri o Ruella, em 1996, ninguém estava acostumado a ver uma jovem de 27 anos administrando seu próprio restaurante. Foi nessa época que a Ofélia faleceu e me chamaram para fazer um teste na TV. Disseram que eu era muito espontânea. Aproveitei e dei umas ideias. Eles disseram que eram boas, mas que não tinham o perfil do canal.
Eles queriam mesmo uma substituta para a Ofélia. Acontece que eu tinha que chegar ao estúdio às 6 da manhã. Era ao vivo e eu precisava passar a receita falando devagar, explicando cada detalhe. Tentei, mas no terceiro dia falei: “estou infeliz, detesto acordar cedo, não sei fazer a receita direitinho como está no papel, não consigo repetir da maneira que vocês querem. Não sou essa pessoa, desculpa”.
Essa primeira passagem pela TV também não era para ser. Os restaurantes sempre tomaram meu tempo. Eu viajo muito, porque aceito muitos convites para feira de gastronomia, porque acredito que a gente tem que se fortalecer e se unir. Eram 120 funcionários, trabalhava em dois hotéis entre Rio e São Paulo. Fiz 7 bistrôs de sucesso na raça, nunca tive tempo para nada; uma workaholic total.
Quando o convite para o “Hell’s Kitchen” veio, tive a chance de escolher como eu queria ser no programa e a experiência fluiu. Logo em seguida, veio o convite para ser jurada no “BBQ Brasil” e teve o bis na atração. Veio “A Grande Causa” e estive no ar por toda a América Latina. E sei que o melhor na TV ainda está por vir.